Toda engenhosidade humana é uma vitória contra a natureza.
De um pequeno trabalho artesanal, até as grandes obras da engenharia; de uma pequena redação à feitura de uma enciclopédia; da composição de um poema à publicação de um tratado de física; da construção de um instrumento de manufatura até à edificação dos arranha-céus, tudo acontece pela negação humana de sua tendência natural à acomodação.
Se seguíssemos o que alguns proclamadores da liberdade apregoam, de que é necessário dar vazão aos instintos para despertar a criatividade, estaríamos ainda vivendo em árvores, comendo frutas silvestres e dormindo em cavernas.
E apesar desse parecer ser o sonho de uns hippies tardios, estamos bem satisfeitos com que o ser humano, em seu esforço contra suas tendências naturais, construiu para nos oferecer conforto.
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