Entre a identificação nacional, fundamentada no nascimento em determinada faixa de terra, e a baseada em valores que são superiores e universais, fico com esta. É por isso que torço pelo sucesso daqueles que se apresentam contra as forças globalistas, anti-tradicionais, anti-familiares e anti-cristãs, ainda que sejam representantes de nações estrangeiras. A vitória deles é a minha, pois, de alguma maneira, estão promovendo valores nos quais eu também acredito. Não que eles, necessária e pessoalmente, encarnem esses valores, mas quando agem a favor deles se tornam mensageiros e promotores do que considero realmente importante.
Ainda assim, é óbvio que amo meu país. É aqui que estão as pessoas que mais estimo, aqui desenvolvi meus negócios, aqui travei meus relacionamentos e aqui fui, de alguma maneira, forjado pela cultura e ambiente que me envolveram. Porém, por mais que eu queira e trabalhe pelo melhor dele, não posso fechar os olhos para a sarjeta cultural e intelectual que nos encontramos, para o desprezo à inteligência e espiritualidade que reinam por estes lados, para a desesperança que eu percebo no olhar de cada brasileiro e para a sujeira e corrupção que tomou conta de quase cada recanto desta nação.
Diante disso, é impossível não me identificar com mais força com aqueles que defendem e acreditam nos mesmos valores que eu e os têm como caros, ainda que estando em nações estrangeiras, do que com quem nasceu e vive na mesma terra que eu, mas tem uma visão da vida diametralmente oposta à minha. Sou antes cristão que brasileiro, antes conservador que latino-americano. Posso defender a terra e a pátria e até dar meu sangue por ela, porém não quando ela estiver contra minha religião e meus valores mais importantes.
De qualquer forma, diante desse aparente dilema, me propus a duas missões: divulgar e promover aqueles que defendem os valores superiores, mostrando como suas ações são importantes e fazem diferença positiva na vida de todos e, ao mesmo tempo, tentar resgatar das trevas da ignorância e da baixa cultura o máximo de brasileiros que eu conseguir, ainda que seja um número ínfimo deles, por meio de tudo o que eu fizer e falar.
Acredito que assim dou provas de minhas convicções, mas também de meu patriotismo, mais até do que alguém que, a despeito de dizer que ama o Brasil, continua estimulando os brasileiros a permanecerem no lodo cultural e ideológico que se encontram.
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