Um ato, como o de terrorismo da esquerda chilena, queimando duas igrejas, diante dos olhos atônitos do mundo, merecia uma reação firme, verbal e física.
No entanto, o que vi foram manifestações tíbias, reclamações discretas e uma indignação quase velada. Inclusive, da própria cúpula católica.
Quando Nietzsche dizia que o cristianismo criava um homem fraco, talvez ele tivesse alguma razão, se concedermos a ele a desculpa de estar se baseando nos cristãos de seu tempo, os tempos modernos.
O cristianismo que o filósofo alemão testemunhara já não era o dos mártires, dos medievais, nem dos templários, mas um cristianismo pacifista, puritano, quase rococó; era um cristianismo rendido ao seu tempo, infectado pelo pensamento moderno e subserviente às novas ideologias.
De lá para cá, tudo isso apenas se aprofundou. O que sobrou do cristianismo neste novo mundo foi um pacifismo medroso, uma inação que beira à cumplicidade e um temor de ser mal visto que gera uma covardia abjeta.
Podem queimar mil igrejas e, ainda assim, os novos cristãos vão achar que fazer algo mais do que expressar tímidos lamentos é agir em desacordo com sua fé.
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