Quando perguntam qual o motivo de agir de determinada maneira diante de uma crise sanitária, a resposta é sempre a mesma: porque a OMS afirmou isso, porque tal médico disse aquilo, porque determinado cientista disse aquilo outro ou porque especialistas já fizeram seus cálculos e assim por diante.
Então, a partir disso, quase todos os pensamentos, que justificam os atos das pessoas, deixam de se formar pelo raciocínio direto, pelo pensamento lógico diante dos fatos que se conhece, por princípios universais, mas configuram-se pela aceitação indiscutível do que dizem as autoridades, principalmente se for uma autoridade científica.
O fato é que a ciência tornou-se uma deusa, e todos estão prontos para segui-la.
No entanto, se há algo neste mundo mais do que sabido é que a classe científica não é necessariamente formada apenas por homens de virtude ilibada. Nem a ciência algo que se deva confiar sem reservas.
Fraudes científicas são abundantes na história. Erros em trabalhos científicos, quase a regra. Além do fato de que praticamente toda ação política tirana ou genocida na modernidade fora suportada por alguma teoria científica respeitada.
Ainda assim, a maior parte das pessoas sofre de um viés de pensamento, que é quase irresistível: a submissão à autoridade. Há uma tendência por seguir as determinações daqueles que se encontram em uma posição especial, de maneira a jamais colocá-la em questão.
Há exemplos históricos abundantes de experiências psicológicas, como a de Stanley Milgram, descrita em seu livro ‘Obediência à autoridade’, que mostram como, em nome da autoridade da ciência, homens e mulheres são capazes de tomar atitudes que, em situações cotidianas, seriam consideradas inaceitáveis.
Não há nada de excepcional, portanto, em ver como as pessoas são capazes de submeter-se cegamente à deusa ciência, sacrificando em seu altar a própria consciência e o bom senso. E não surpreende constatar como elas são capazes de acatar cegamente as ordens das autoridades, ainda que essas ordens se mostrem claramente desproporcionais e malévolas.
Deixe uma resposta