Um padre, de 84 anos, fora degolado por islâmicos, dentro de uma igreja católica, localizada nas proximidades de Rouen, na França. O ataque foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico que informou que o ato fora impetrado por “soldados” pertencentes a ele. Na ação, além do padre, a quem obrigaram a ajoelhar diante do altar, filmando sua degola, os terroristas ainda feriram gravemente mais duas pessoas.
O Vaticano, diante do ocorrido, lançou uma nota afirmando que o Papa condena “da forma mais radical toda forma de ódio e reza pelas pessoas atingidas“. Será isso mesmo que se espera do líder máximo do catolicismo?
Dizer o que disse é o mesmo que não falar nada. Estar horrorizado e condenar toda forma de terror é o que qualquer pessoa, em qualquer posição, tem obrigação moral de fazer. No entanto, alguém na posição da maior autoridade do mundo católico deveria ir além, condenando abertamente a ideologia que tem promovido esses atos, além de dar alguma orientação mais efetiva para seus fiéis.
Ao falar como se o que aconteceu não fosse um ato deliberado, de um grupo específico, subordinado a uma ideologia específica, o papa impede que as pessoas entendam melhor com quem estão lidando. Até porque muito do que está ocorrendo é fruto dessa relativização da violência islâmica pelos ocidentais.
Não apenas o papa, mas diversos outros líderes cristãos, além de praticamente toda a mídia ocidental, têm evitado dar nomes aos bois, como se temessem ferir suscetibilidades muçulmanas.
Enquanto isso, o mundo ocidental demora demais para começar a perceber que o problema é sério demais para esperar muito tempo para tomar alguma atitude.
Enquanto os grupos islâmicos violentos não forem condenados abertamente, além daqueles que os protegem expostos, os assassinos continuarão a ter relativa liberdade e facilidades logísticas para praticar seu terrorismo.