A Filosofia sempre foi vista como um instrumento de interpretação da realidade. Neste sentido, ofereceu uma multiplicidade de razões, desenvolveu diversas teorias, fundou escolas e deu margem para os mais diversos tipos de visões sobre a vida.
No entanto, a Filosofia não pode ater-se apenas à abstração do pensamento. Ela, como seu nome diz, é um amor pela sabedoria, mas não existe sabedoria sem a capacidade de guiar-se pelo mundo.
Por isso, não há como fechar-se dentro de uma linha filosófica específica e acreditar que, a partir disso, tudo estará resolvido. Aliás, esse foi o motivo de tantas doutrinas filosóficas terem sido o fundamento de tantas atrocidades.
É preciso, sim, ter a Filosofia como um meio, uma ferramenta que ajuda seu possuidor a entender melhor o seu próprio mundo, sua própria existência e sua própria personalidade.
O conceito de Filosofia Integral surge a partir do momento que se tem a convicção de que a Filosofia é essencial como instrumento para orientar-se nesta existência. Não como uma doutrina, mas como as lentes que ajudarão na formação de uma personalidade amadurecida.
E por que ela é chamada de Filsofia Integral? Simplesmente, porque tem como princípio a complexidade e diversidade da existência, que exige um olhar, para ela, amplo e capaz de abarcar sua multiplicidade.
Quando falo em Filosofia Integral, estou me referindo a uma Filosofia capaz de fornecer visões múltiplas e que, por isso mesmo, é eficaz na formação de uma personalidade que interaja com a vida de uma forma plena.
A Filosofia Integral é a convicção – semelhante a que possuíam os filósofos da Idade Média – de que Filosofia é mais do que disciplina acadêmica ou matéria de estudo intelectual, mas a própria concepção que se tem da existência e, ao mesmo tempo, uma prática de vida.
É assim que eu a vejo, também.
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