Analisando seus próprios números, a mídia nacional, que é culturalmente progressista, vê que precisa fazer algo para salvar-se. Seus leitores e espectadores diminuem progressivamente. Seus jornais circulam cada vez menos e suas novelas minguam sem audiência.
E como eles são geniais, logo encontram a solução: ao invés de apresentar o telejornal sentado, agora o jeito é andar pelo estúdio; mudar a fonte das letras do periódico e dar uma ajeitada no logo da empresa serão mais atrativos; que tal agora a novela ter cara de filme, com trailer e tudo?
O que esses sábios não entendem é que o problema não está na forma, mas no conteúdo. Será que não vêem que os dois jornalistas mais conceituados do momento são explicitamente anti-esquerdistas, que o pensador que vende mais livros é um direitista declarado, que o apresentador de talk show mais visto é um que fala o tempo todo mal do PT e que a revista que vende mais é aquela que mais ataca o atual governo?
Infelizmente, para os experts midiáticos, eles passaram a vida toda embevecidos em uma ideologia que tomou-lhes a alma, fechando seus olhos para a realidade, mantendo-os presos em sua imaginação iludida, que ainda acredita que Fidel, Marx e Mao são tutto buona gente. Assim, por mais que a verdade os esbofeteie a cara, continuam insistindo em seguir sua visão retrógrada de mundo e colhendo os frutos dessa obtusidade.
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