Não há melhor adversário para um inimigo perigoso do que aquele que o ignora.
No entanto, eu tive uma surpresa ao oferecer meu curso sobre os fundamentos da filosofia marxista: muitos daqueles que se dizem inimigos do marxismo condenaram minha iniciativa. Na cabeça deles, se algo é mau deve ser ignorado.
Algumas pessoas simplesmente não conseguem entender alguém dedicar seu tempo estudando algo no que não acredita e que entende ser errado. Como disse o Guto Perreti: o brasileiro não sabe a diferença entre o que é importante e o que é bom. Se identificam que algo é ruim, concluem que deve ser desprezado.
No entanto, o marxismo pode ser mau, nocivo, perigoso, mas, diante do seu poder de infiltração na cultura e na mentalidade das pessoas, tornou-se algo de extrema importância, passível de estudos aprofundados.
Lembro-me do quanto, em um determinado período da minha vida, quando dava aulas de teologia, dediquei-me ao estudo da demonologia. Com o marxismo, agora, acontece algo semelhante: estudar as ideias de Marx e seus seguidores é, para mim, como tentar entender a atuação de uma horda de demônios e sua influência sobre os homens.
Nisto está a importância do marxismo: sendo uma ideia que penetrou na cabeça das pessoas e moldou a forma delas pensarem, entendê-lo se tornou essencial.
Ainda bem que nem todo mundo é idiota neste país. Há diversas pessoas que sabem a importância de se compreender não apenas aquelas ideias às quais nos afeiçoamos, mas principalmente aquelas que mais influenciam as pessoas, ainda que estejam completamente equivocadas.
É para estas que me dirijo.
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