Categoria: Reflexões Filosóficas

  • A supervalorização da ciência

    A supervalorização da ciência

    Por muito tempo tem-se buscado dar status científico a diversas áreas do conhecimento, como a filosofia, o direito, a comunicação e até a teologia. Faz-se isso querendo valorizar estas matérias, como se chamar um campo de estudos de ciência fosse o selo de qualidade definitivo, que oferecesse a eles o mérito necessário para obter respeito.…

  • Livros inúteis

    Livros inúteis

    Nem toda leitura é proveitosa. Há livros inúteis, livros ruins, livros que são perda de tempo e até livros prejudiciais. Não é porque alguém decidiu escrever umas palavras, mandou imprimi-las, fez uma capa bonita para envolvê-las e colocou-as em circulação que, por causa disso, esse material está automaticamente habilitado para ser consumido. Nem tudo o…

  • Além dos instintos

    Além dos instintos

    Uma das tendências modernas não foi negar a divindade, mas colocá-la acima e à parte dos negócios humanos. É o tempo do deísmo, do salto de fé, do Deus absconditus. Enquanto ele permanece lá em cima, nós ficamos cá embaixo resolvendo nossos problemas e chorando nossas mazelas. Se Deus não está aqui, então não está…

  • A alegria por saber

    A alegria por saber

    Quando eu vejo a ânsia com que os jovens, nas discussões que acompanho nas redes sociais, disputam por quem é o mais inteligente, o maior conhecedor das coisas, sempre tão sisudos e levando-se tão a sério, eu penso o quanto eles estão perdendo, daquilo que estimam, o principal. É que essa insolência intelectual arranca deles…

  • O cerne da religião

    O cerne da religião

    Quando a religião deixa de ser a abertura para a verdade, ela já não mais faz diferença. É apenas mais um meio, entre tantos, para a satisfação da alma, para seu consolo, para a tentativa de encontrar paz. Quando ela se transforma nisso, não existe mais diferença entre uma reunião religiosa e um workshop motivacional…

  • Morte pela inatividade

    Morte pela inatividade

    Nosso espírito exige atividade. Por isso, a indolência não apenas vicia o corpo, mas, principalmente, corrompe a alma. Abandonar-se à preguiça corrói a inteligência porque a desacostuma do pensamento ágil e lógico. Há quem sonhe com a aposentadoria, crendo que o fim do trabalho será seu tempo de paz. Pode tornar-se, porém, o tempo da…

  • O realista extremo

    O realista extremo

    O extremo realista costuma ser desagradável. Quem já teve um amigo sincero, daqueles que vê nossos vacilos e faz questão de apontá–los, deixando claro que faz isso por se orgulhar de dizer a verdade, sabe do que eu estou falando. Quando penso sobre isso, lembro de Erasmo de Roterdã, que dizia que não gostava dos…

  • O incômodo da inteligência

    O incômodo da inteligência

    Pessoas inteligentes costumam ser chatas. Pelo menos, é assim que as outras – menos inteligentes – pensam. É que o inteligente geralmente é um inconformado. Ele não aceita a aparência. Por isso, questiona tudo e isso incomoda quem está acostumado a aceitar os fenômenos como eles se apresentam de primeira. O inteligente parece estar sempre…

  • Entre os riscos e a miséria

    Entre os riscos e a miséria

    Quem tenta proteger aquilo que lhe parece importante, evitando o risco, só tem uma coisa que vai proteger, com certeza: sua própria mediocridade. É que o apego àquilo que se tem vira medo, pois transforma tudo em ameaça. Por isso, quem é demasiado amante de si mesmo tem pavor de se expor. Todos, para ele,…