Refletir um pensamento cristão coloca o crente na contramão do mundo contemporâneo
Mais do que nunca vivemos tempos quando tudo se impõe como inimigo de nossa fé. Todos os movimentos do mundo se direcionam contra as convicções daqueles que têm os princípios cristãos antes de tudo. Não somos mais apenas uns excêntricos, mas, a cada dia, nos tornamos verdadeiras ameaças ao modo de pensar que vai se estabelecendo com força e quase sem oposição.
Em nenhuma época as palavras de Cristo, que dizia “se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia“, parece tão evidente como hoje.
Estamos caminhando para um tempo onde já não haverá refúgios. Hoje, as ideologias, os governos, os projetos de dominação e as ideias que permeiam a intelectualidade militam, de uma maneira indubitável, contra os princípios do cristianismo. Refletir um pensamento cristão coloca o crente na contramão do mundo contemporâneo.
O que há pouco tempo era apenas a manifestação ordinária da fé, agora já é uma afronta às suscetibilidades mundanas. Por isso, os crentes começam, cada vez mais, a ser tidos por fundamentalistas, intolerantes e retrógrados.
O pior é que tal pensamento começa a permear o próprio ambiente da Igreja e, mesmo dentro dela, é crescente a repulsa ao pensamento cristão tradicional. Não é difícil encontrar cristãos que, refletindo a mentalidade corrente, repudiam a exposição mesmo das ideias mais comuns do cristianismo, como a condenação ao homossexualismo e a defesa da vida desde a concepção.
Não me parece distante o tempo quando serão repetidos, de alguma forma, aquele ambiente da Igreja primitiva, quando os cristãos eram vistos como pessoas estranhas, não confiáveis e, por isso, sujeitas a todo tipo de condenação e perseguição. E como a história nunca se repete exatamente, pode ser que os tempos atuais sejam ainda mais difíceis. Se antes, ao menos, entre os próprios seguidores de Cristo se podia encontrar abrigo, neste tempos presentes mesmo essa possibilidade está diminuindo claramente.
Diante disso tudo, aos que perseveram, lhes é exigido mais fortalecimento de suas convicções. A razão da fé que os sustenta precisa ser fincada com mais força. Isso porque ela será colocada à prova constantemente. Mas, uma coisa é certa, “aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo“.
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